Se estou, reclamo do vazio anômico. Se vou, não fico, apresso a volta
Solitário, resmungo inquieto, ansio. Acompanhado, ranzinza emudeço
À luta, se chamam, ora acorro disposto; ora, covarde, fujo, esquivo
Se deito, rolo e não durmo. Se durmo, sonho e desejo a insônia
Ao vício, me dizem perdido, caído. Sóbrio, zombado, sou de chacota
Amei e amo sublimes mulheres, impossíveis. E eu, sublimado, padeço
Viver vale a pena?- pergunto. A resposta? Não sei. Quem sabe? Só vivo "
Alexandre Fonseca in - Algum canto em seu sorriso
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